sexta-feira, julho 27, 2012

Eu aqui organizando de novo festa de aniversário para a Lara e pensando: "mas não foi ontem que eu fiz a festa de 1 ano? Minha conta bancária ainda nem se recuperou!".
Tempo, seu danadinho.

terça-feira, julho 17, 2012

Uma pausa no mimimi para dizer que a minha filha já sabe "ler"!!! Por causa de um brinquedo com o nome dela, ela agora reconhece o "L" de Lara, "A" de amor e "R" de rato. Uma ótima distração em restaurantes, procurar letras no cardápio!

terça-feira, julho 10, 2012


Hoje eu estava conversando com uma colega que acabou de se descobrir grávida. E saí tão emocionada dessa conversa! 
As pessoas falam muito das dificuldades de se ter filho. Eu também, vide post abaixo. Mas é muito maneiro, gente! A vida muda, você dorme menos, sai menos. Tudo isso é verdade. 
Mas é legal demais! É muito amor. Muita beleza, muita emoção.
E naquela de parabéns, que legal, e tals, ela me desejou felicidades na minha mudança. E eu disse "sim, sim, mas quero voltar logo". Ao que ela respondeu: "sim...ou então, vocês começam uma vida linda por lá e não vão querer mais voltar...nunca se sabe. O importante é que vocês sejam muito felizes".
E é disso que eu tenho medo,sabe.
Medo de me encontrar em outra vida.
De mudar os meus sonhos. De gostar.
Porque ser jornalista me define. Jornalista de jornalão, de redação, de pescoção. De economia, de Fazenda, de macro. That’s me.
E eu me lembro que tinha medo de o fato de ser mãe me mudar demais e eu deixar de ser aquela pessoa. E é claro que eu mudei, e eu nem sei se o que me definia lá ainda me define e puxa eu sou tão feliz com a maternidade que às vezes me pego pensando em um segundinho (a longo prazo, esclareça-se), olha que loucura!
Mas eu gosto da eu de hoje, sabe. Tenho medo de ser feliz de outro jeito, olha que loucura2!!! Gosto tanto da minha vida e dos meus amigos que não quero nem fazer novas amizades. Quero congelar a vida aqui, dar um pulo ali e voltar.
Como faz para abrir o coração?

terça-feira, julho 03, 2012


Sendo bem sincera, eu não sei como consegui sobreviver a esses últimos meses.
A verdade é que eu só conseguia manter um trabalho tão hard core porque husband segurava seus 50% da barra. Só quando ele passou a estar em outra cidade durante a semana é que eu fui ver isso. Não dá para os dois trabalharem em trabalhos hard power e terem um filho. Pelo menos não o criando do jeito que a gente cria.
O problema é esse, eu nunca consegui terceirizar muito a coisa. E, ao mesmo tempo, não tenho vocação para mãe em período integral. Então eu dividia o fardo com o pai, nada mais justo. Eu ficava de manhã, brincava, passeava, saia para trabalhar um pouco, voltava, almoçava, levava na escola. Ele pegava na escola, dava janta, brincava mais. Nós nos revezávamos no colocar para dormir.
Desde abril, o esquema degringolou. Sem o pai na equação, eu passei a ser uma mãe muito pior. Soma-se a isso o fato de a empregada ter saído para ter neném e a Lara ter detestado a nova. Ou seja, o pouco que eu conseguia terceirizar – uma troca de fralda, por exemplo – ela não aceitou mais. Então eu passei a fazer tudo o que eu fazia, mais o que a baba fazia, mais o que o pai fazia, mais, mais, mais.
Para piorar o cenário, a Lara, que já vinha há meses doente, só piorou. Nas últimas três semanas teve febre. Aos domingos. Quando o pai vai embora. É de cortar o coração.
E eu pulando – sozinha – de médico em médico, pediatra, homeopata, alergista. E tive que segurar sozinha minha filha para tirar sangue. Logo eu, que nem sequer a levava para tomar vacina – esse era o trabalho mor do pai.
E daqui a duas semanas eu me despeço do meu emprego que amo. Por uma temporada, até que ele consiga ser transferido para Brasília. E eu nem estou conseguindo viver esse luto porque, sinceramente, eu só quero que essa fase difícil acabe. Muita gente me falou para continuar no esquema ponte-aérea, mas, me digam, como? Nessa casa, o pai tem um papel importante demais e faz falta no dia-a-dia.
Sem a minha família por perto, ainda, aí é que não tem como mesmo. Continuando no meu trabalho hard power mega plus, sem horários, que me exige olhar o email às 8h e às 22h igualmente? Não dá mesmo. Não se eu quiser continuar sendo a mãe que eu quero ser.
Enfim, vou sair de um esquema trash para entrar em outro temporariamente trash, de mudança, encontrar novo ap, nova escola, nova empregada, novo emprego... É tanta coisa que à noite, quando vou rezar, não sei nem mais o que pedir. Peço saúde para minha filha, por favor, que isso é que mais me debilita. A vontade, mesmo, é de dormir e acordar quando tudo já estiver magicamente organizado e funcionando bem. Comofaz?