quinta-feira, dezembro 06, 2012

Tagarela

Sair de casa com a Lara agora é assim:

Mãe - Filha, vamos no museu?
Lara -Vamos, deixa só acabar imaginadores
(...)
M - Tá com sono, filha?
L - Não, eu dumi cedo (????)
L - Mamae, no museu tem banheiro? Tem vasinho pequenininho? (tão preocupada com a inclusão das crianças). Quero fazer xixi no banheiro de mim!
(...)
L - Mamae, esse vestido está estanho. Vamu colocar a calça? Sem calça faz fio na rua!
L - Vamu comê pão com manteiga?
M- Acabou a manteiga.
L- Ah, não acredito, o papai comeu tudo!
Embaixo, no prédio
L- Não tem quiança no paquinho! Ah, que pena!


Isso antes de chegar no carro!!

(Lara anda tão tagarela que não para um segundo. Quando não está alando, esta cantando.Outro dia, parou de cantar e começou a declamar "batatinha quando nasce". Céus!).

segunda-feira, outubro 15, 2012

Estou aqui quebrando a cabeça com um pre-projeto de mestrado, quando me veio um tema perfeito:

"A importância do segundo filho: uma abordagem empírica-social e o imaginário popular".

Rá!

domingo, setembro 30, 2012


Fico revoltada quando vejo uma matéria dessas. Coitado do riquinho, três anos sem conseguir passar no vestibular e agora vem um negro pobre tomar a vaga dele. Um verdadeiro drama.
Quando as pessoas vão entender que o seu mérito é afetado pelas oportunidades que você teve na vida. Eu estudei a vida inteira em escola particular, no interior, com bolsa, ou pública e passei em universidade pública sem cota. Exatamente por isso, eu defendo as cotas, porque eu sei o quão mais difícil é para aqueles que não tiveram acesso a uma educação de ponta.
Senta a bunda na cadeira da sua escola de R$ 250 mil e vai estudar para depois concorrer de igual para igual com quem teve as mesmas oportunidades que você. Drama está vivendo os outros 50%.
Humpft.  

quinta-feira, setembro 20, 2012


Eu ia escrever um post sobre a adaptação da Lara à mudança na semana passada, dizendo que estava tudo lindo, maravilhoso.
Aí na sexta-feira ligaram um botão da birra aqui em casa e eu ia dizer que estava um inferno, ela chorava pra tudo, comer, dormir, ir pra escola.
Aí ontem e hoje ela não chorou pra ir pra escola e as coisas melhoraram um pouco.
Ou seja, aqui estamos no cada dia com seu sofrimento. A coitadinha chegou animada, foi animada para a escola nova, em três dias disseram que estava adaptada e já ia no horário regular, sem mamãe por perto.
Aí acho que deu um nó na cabecinha, às vezes perguntava “aqui é Basila?(Brasília)”, poor thing.
E não sei se é mudança ou terribles twos, mas está cheia de vontades, deu para chorar quando antes não chorava. Outro dia foi tanto drama na hora de dormir que no dia seguinte já acordou dizendo “eu chorei tanto”. Estou tentando manter as regras, mas dando muito colinho e carinho ao mesmo tempo, conversando, explicando a mudança, contando como foi quando a mamãe teve que mudar de escola (ela adora quando conto histórias minhas, mesmo que inventadas).
Já a minha adaptação está bem mais difícil. Acho que rolou uma depressão básica nos primeiros dias, eu em meio a um mundo de caixas (76 caixas, fora móveis e eletrodomésticos, quem junta tanta tralha!!) só queria deitar, ver TV e chorar. Mudança, carreira, problemas pessoais, todos amontoados em uma bola de neve depressiva.
Longe da Lara, claro, pra não deixar a bichinha mais confusa.  Mas acho que a tristeza acaba passando pra ela, e aí eu choro mais, de culpa, por não estar seguindo meu plano materno à risca, por não conseguir poupa-la de todo o sofrimento do mundo.
Mas estou melhorando. Casa começa a ficar com cara de casa. Fiz matrícula em uma academia, olha só. E vamos ver se eu consigo tocar a vida, concretizar planos, parar de chorar pelo leite derramado.
Enfim.
PS: Fomos no Beto Carrero e na praia no feriado, levamos a Lara na orquestra sinfônica para crianças e nesse fim de semana tem Disney Live! Tem seu upside, ne? 

sexta-feira, agosto 17, 2012

Dois anos

 





Filha querida,
Você completou dois anos no último sábado, para a alegria de todos nós. Talvez você ache que é corujisse nossa, mas você está linda, fofa, inteligente, esperta, obediente, maravilhosa. Ontem, depois de quase uma hora da mamãe tentando te colocar pra dormir, você me disse: “não adianta, mamãe”. Oi? E outro dia que você virou para a vovó e disse “a vovó é muito importante?”. Muito gênia!!!
Esperou tanto pela sua festinha, só falava disso, que queria “sopá véia”, “comê docinho”, ir no pula-pula. E esse ano a festa foi mesmo para você, como você se divertiu, pulou, brincou o tempo todo, foi correndo receber os amiguinhos, transbordou de felicidade na hora do parabéns. E comeu doce, viu? A mamãe já está até arrependida de ter liberado as guloseimas!! Não tem uma foto em que você não está com um docinho na boca!
A mamãe resolveu que ia ser a decoradora de novo e, posso te falar? Ano que vem a sua festa será na escola ou em um buffet, nossa, cansei demais (lembrar de reler esse post antes de inventar de decorar festa sozinha).
Ganhou tanto presente que dá para montar uma casa! Geladeira, fogão, pia, aspirador de pó, uma casinha enorme! A mamãe ficou preocupada com esse excesso de utensílios domésticos e te comprou uma caixa de ferramentas. Virei à esquerda na loja para o lado dos meninos e descobri que lá tem muita coisa legal também! Você está adorando brincar com a “chave inguesa”, não está? 
E a sua festa marca nossa despedida de Brasília. Mamãe está aqui, entre encaixotar coisas e resolver problemas, preocupada com o impacto de toda essa mudança na sua vidinha. A mamãe é muito preocupada, sabe? Como será pra você viver em uma nova cidade, ir para uma nova escola, deixar para trás vovô, vovó, tios, primas que você tanto gosta? Ao mesmo tempo, me preocupa tanto você estar há meses sem seu pai todos os dias. Você fica tão tristinha quando ele vai embora, corta meu coração e eu não vejo a hora de vocês estarem reunidos, vivendo o dia-a-dia juntos nessa relação tão bonita de vocês dois.



Tenha certeza que a mamãe está fazendo de tudo para que você fique bem (às vezes isso significa não te dar as coisas, não te deixar comer doce ou te obrigar a guardar os brinquedos). Te amo minha “buxa má”, que de má não tem nada.  

segunda-feira, agosto 06, 2012

Enxoval


A poucos dias dos dois anos da minha bebê, é oficial: o enxoval da Lara acabou. Eu estou ignorando as calças na metade da canela, os sapatos apertados, os pijamas que deixam o braço todo para fora para esperar passar a festa e fazer um balanço dos presentes ganhados e do que mais precisarei comprar.
A verdade é que eu comprei um bando de roupa no enxoval que fiz em Orlando, e mais um bando que mandava para a casa do cunhado que morava fora. E, gente, a Lara foi a primeira neta, sobrinha, filha da amiga. Comprei tão pouca coisa aqui que mal me recordo onde vende roupa de criança. O vestido do primeiro aniversário, assim como o do segundo, eu tirei dos sacos de roupa guardados no maleiro para serem usados um dia. O do batizado, reformei o que foi meu um dia.
O vestido dos dois anos, eu me lembro, foi o cunhado-padrinho que deu. Eu ri quando ganhei e disse “nossa, vai demorar séculos para ela usar”. Bom, será no próximo sábado, quando a minha pequena faz aniversário mais uma vez.
Agora estou tão perdida que não sei nem por onde começar. Não existe uma lista de enxoval para os dois anos? Tipo aquela “cinco bodies de manga curta/cinco manga longa”?
As roupas que faltam são metáforas dos meus novos desafios. Meus livros falam de como criar crianças até os dois anos. Eu não me preparei psicologicamente para o que me espera. Eu só sabia cuidar de um bebê. E agora, eu só sei que o que vem são os terribles twos. Minha filha está crescendo tão rápido que nem os outlets dos EUA conseguem acompanhar. 

sexta-feira, julho 27, 2012

Eu aqui organizando de novo festa de aniversário para a Lara e pensando: "mas não foi ontem que eu fiz a festa de 1 ano? Minha conta bancária ainda nem se recuperou!".
Tempo, seu danadinho.

terça-feira, julho 17, 2012

Uma pausa no mimimi para dizer que a minha filha já sabe "ler"!!! Por causa de um brinquedo com o nome dela, ela agora reconhece o "L" de Lara, "A" de amor e "R" de rato. Uma ótima distração em restaurantes, procurar letras no cardápio!

terça-feira, julho 10, 2012


Hoje eu estava conversando com uma colega que acabou de se descobrir grávida. E saí tão emocionada dessa conversa! 
As pessoas falam muito das dificuldades de se ter filho. Eu também, vide post abaixo. Mas é muito maneiro, gente! A vida muda, você dorme menos, sai menos. Tudo isso é verdade. 
Mas é legal demais! É muito amor. Muita beleza, muita emoção.
E naquela de parabéns, que legal, e tals, ela me desejou felicidades na minha mudança. E eu disse "sim, sim, mas quero voltar logo". Ao que ela respondeu: "sim...ou então, vocês começam uma vida linda por lá e não vão querer mais voltar...nunca se sabe. O importante é que vocês sejam muito felizes".
E é disso que eu tenho medo,sabe.
Medo de me encontrar em outra vida.
De mudar os meus sonhos. De gostar.
Porque ser jornalista me define. Jornalista de jornalão, de redação, de pescoção. De economia, de Fazenda, de macro. That’s me.
E eu me lembro que tinha medo de o fato de ser mãe me mudar demais e eu deixar de ser aquela pessoa. E é claro que eu mudei, e eu nem sei se o que me definia lá ainda me define e puxa eu sou tão feliz com a maternidade que às vezes me pego pensando em um segundinho (a longo prazo, esclareça-se), olha que loucura!
Mas eu gosto da eu de hoje, sabe. Tenho medo de ser feliz de outro jeito, olha que loucura2!!! Gosto tanto da minha vida e dos meus amigos que não quero nem fazer novas amizades. Quero congelar a vida aqui, dar um pulo ali e voltar.
Como faz para abrir o coração?

terça-feira, julho 03, 2012


Sendo bem sincera, eu não sei como consegui sobreviver a esses últimos meses.
A verdade é que eu só conseguia manter um trabalho tão hard core porque husband segurava seus 50% da barra. Só quando ele passou a estar em outra cidade durante a semana é que eu fui ver isso. Não dá para os dois trabalharem em trabalhos hard power e terem um filho. Pelo menos não o criando do jeito que a gente cria.
O problema é esse, eu nunca consegui terceirizar muito a coisa. E, ao mesmo tempo, não tenho vocação para mãe em período integral. Então eu dividia o fardo com o pai, nada mais justo. Eu ficava de manhã, brincava, passeava, saia para trabalhar um pouco, voltava, almoçava, levava na escola. Ele pegava na escola, dava janta, brincava mais. Nós nos revezávamos no colocar para dormir.
Desde abril, o esquema degringolou. Sem o pai na equação, eu passei a ser uma mãe muito pior. Soma-se a isso o fato de a empregada ter saído para ter neném e a Lara ter detestado a nova. Ou seja, o pouco que eu conseguia terceirizar – uma troca de fralda, por exemplo – ela não aceitou mais. Então eu passei a fazer tudo o que eu fazia, mais o que a baba fazia, mais o que o pai fazia, mais, mais, mais.
Para piorar o cenário, a Lara, que já vinha há meses doente, só piorou. Nas últimas três semanas teve febre. Aos domingos. Quando o pai vai embora. É de cortar o coração.
E eu pulando – sozinha – de médico em médico, pediatra, homeopata, alergista. E tive que segurar sozinha minha filha para tirar sangue. Logo eu, que nem sequer a levava para tomar vacina – esse era o trabalho mor do pai.
E daqui a duas semanas eu me despeço do meu emprego que amo. Por uma temporada, até que ele consiga ser transferido para Brasília. E eu nem estou conseguindo viver esse luto porque, sinceramente, eu só quero que essa fase difícil acabe. Muita gente me falou para continuar no esquema ponte-aérea, mas, me digam, como? Nessa casa, o pai tem um papel importante demais e faz falta no dia-a-dia.
Sem a minha família por perto, ainda, aí é que não tem como mesmo. Continuando no meu trabalho hard power mega plus, sem horários, que me exige olhar o email às 8h e às 22h igualmente? Não dá mesmo. Não se eu quiser continuar sendo a mãe que eu quero ser.
Enfim, vou sair de um esquema trash para entrar em outro temporariamente trash, de mudança, encontrar novo ap, nova escola, nova empregada, novo emprego... É tanta coisa que à noite, quando vou rezar, não sei nem mais o que pedir. Peço saúde para minha filha, por favor, que isso é que mais me debilita. A vontade, mesmo, é de dormir e acordar quando tudo já estiver magicamente organizado e funcionando bem. Comofaz?

quarta-feira, maio 23, 2012


As tiradas aqui em casa estão minuto a minuto (e o problema é que a gente esquece se não registrar na hora, né?). Passamos o dia embasbacados, naquele nível de “onde é que essa menina aprendeu isso”.

-  Nas Americanas, vê uma revistinha da Monica (adora! Mas eu conto a história editada, tirando as porradas no Cebolinha, hehe), pega e diz “eba, vô compá”. Corre e entrega para o Caixa – “pagá moço”.
- Vê uma brinquedoteca: “eba, binquedo, vamu gente. Mamãe, tá abeto (aberto)?”.
- Na livraria, com o livro no colo: “ela uma veiz...”
- Vê um neném chorando e diz: “não chóia, neném, vô pegá chupeta” – e olha que ela nem sequer chupa chupeta.
- Pega meu celular, que não liga, e diz: “tá sem bateía”
- Termina de se vestir e diz "mamãe, ó o luk (look)"
- De tanto eu limpar o nariz dela o dia inteiro, vem atrás de mim com o dedo sujo: “mamãe, meeca (meleca) gigante, mimpa (limpa). Ó o tamano (tamanho).

Se eu conto, ninguém acredita!


quarta-feira, maio 16, 2012

Eu estou vivendo la vida loca

SEM marido, que, por causa do trabalho, está em outra cidade
SEM babá/empregada que, grávida, está de repouso
COM uma babá/empregada nova que começa semana que vem e meodeos como isso é complexo
COM a Lara que emenda doencinha em doencinha e está no terceiro antibiótico do ano
SEM conseguir marcar consulta em nenhum homeopata que me indicam, não quero mais você alopatia COM uma filha que, por causa dos remédios, teve uma dor de barriga tão forte que a fez chorar de 3h45 às 4h45 sem parar, eu sem saber o que fazer, dei analgésico, remédio para pum, até que um banho de cocô levou a dor embora e ela foi dormindo e dizendo “acabou, acabou”. Eu chorava e tinha ânsia de vômito ao mesmo tempo
COM trabalho porque minhas férias tiveram 40 dias, mas, ainda assim, eles acabaram. Aí toca ter que trabalhar na hora do almoço, arruma alguém para levar a Lara na escola, sai tarde do trabalho, vai buscar Lara na casa da sogra. Aí ou ela já dormiu e não quer dormir nunca mais, ou está cantando “não vai valer, noventa e nooooove*”
COM Damien Rice tocando no som porque não basta estar vivendo um inferno, tem que ter trilha sonora deprimente corta-pulsos
COM Grey’s Anatomy em dia, porque só Shonda Rhimes consegue fazer algo tão dramático quanto eu COM muita comida gordurosa, muita comida congelada, cachorro quente no lanche, muito chocolate, porque eu não tenho marido para me abraçar, então eu durmo abraçada no ovo de páscoa
COM um ponto de interrogação gigantesco na minha cabeça. Should I stay (how?) or should I go (I don´t want to!)

 *música da abertura da novela das

19h PS: E com uma menina que OMG é muito fofa e inteligente, que viaja tanto de avião que se diz igual à barata (aquela que sempre diz que viaja de avião) que já me pergunta “mamãe, tá chorando? Tá feliz?”. que sabe dizer em cada cidade mora seus entes queridos espalhados por esse país!

quarta-feira, março 28, 2012

Onde essa menina aprendeu isso?

É oficial, eu tenho uma menina MUITO tagarela em casa. Eu e husband passamos o dia nos perguntando "onde essa menina aprendeu isso?"

- Lara, vem tomar o remédio!
- (corre para o pai) Cacai, socorro, socorro

- Lara, faz uma massagem na barriga da mamae
- (aperta duas vezes) Ponto (pronto)

Encontra o sapato do pai no meio da casa: "icença papato do cacai" (está falando as preposiçoes, taaaao fofa)

"Qué domi cato da mamae" (quero dormir no quarto da mamae)

"A nede já chego?", pergunta pela babá

- Lara, o que voce vai fazer na escola?
- Bica miguinho (brincar com o amiguinho)

"Baiga doiendo, massage" (barriga doendo, massagem!)
"Abo banu cacai" (acabou banho do papai, ao ouvir o chuveiro ser desligado.

"Coda, mamae, a uaua ja codo" (acorda, mamae, a Lara já acordu), 'as 7h da manha!
"Qué esse?", (quem é esse), aponta para o amigo desconhecido

Vê uma pessoa passando e sai correndo, só para chegar perto e dizer "icença, moço".

Escola, lado A

Todo dia a Lara chega cantando uma música diferente - ja sabe mais músicas do que o pai. E eu rebolo para adivinhar o que ela está cantando.

Passou uma semana no "oda, oda, oda" e eu só adivinhei o que era quando acrescentou um "pama, pama, pé, pé" (sacaram?)

Outro dia cantou "a mamae gitou ca, ca, ca, ca" niqui eu descobri na hora: Xuxa (!!!!), oh god!

Marcha pela casa cantando : macha papel, macha papel

E canta alguma música de "bochecha, pu, orelha, ai", que eu ainda nao consegui desvendar, alguém sabe qual é? (achei até que estavam puxando a orelha dela na escola, hehehe)

Conta até 8, mas sempre parte do 2, hehe.

Escola, lado B

Lara já ficou doente três vezes desde fevereiro. Está com tosse há mais de uma semana, já teve dor de barriga com febre e amigdalite bacteriana (código dos pediatras para antibiótico). Ainda acho que, nao fossem as circustancias, esperaria um pouco mais para por na escolinha, por mais fofas que sejam as musiquinhos.

Outro dia, viu um pirulito e gritou: chocoiaaaaate. ONDE ESSA MENINA APRENDEU ISSO???

Só nao fui reclamar na escola porque ela pegou o pirulito e ficou brincando, nao quis comer. Ela tem alergia a leite e eles sabem que ela nao come açucar, mas cade que eu tenho certeza do que ela come lá?


*teclado sem acentos, favor relevar

sexta-feira, março 09, 2012

Bater

Daí que um pai foi detido por bater numa criança de 3 anos, na escola, com cinto. E os comentários da notícia me assustaram tanto quanto ela.
E antes de eu ter filho, eu dizia que ia bater na minha filha, que eu apanhei e foi bom e tals.
Pode ser que a minha opinião mude, mas hoje não consigo me ver fazendo isso. Lara tem 1 ano e 6 meses e ENTENDE o que a gente fala para ela. E se eu converso o bastante, ela obedece. É óbvio que às vezes dá birra (e eu não tenho NENHUMA paciência), e na rua eu me envergonho quando ela dá um grito. Mas eu converso e ignoro. Converso e ignoro. "Não fala chorando, explica para a mamãe que você quer isso". E ignoro gritos para chamar a atenção, que, eu sei, estão só começando.
Mas eu acho que não baterei na minha filha. Hoje, eu acho que esse não é o melhor caminho.
Primeiro, porque essa é a minha filosofia de hoje. E depois, por que eu vejo o resultado claro disso. Sério, repare: os que comentam dizendo que "apanharam muito e nem por isso são traumatizados" são sempre os mais sequelados.
Sei não, melhor conversar.


PS: Foi meio assim com a questão de "deixar chorar". Uma ou outra vez, no desespero, eu falei que ia deixar a Lara chorar até dormir. Mas aí comecei a reparar. Gente que eu conheço que deixou o filho chorar quando bebê têm problemas de sono com eles com 4, 5, 14 (!!!) anos. Os que eu conheço que não deixaram, não têm!! Tudo bem, a estatística é distorcida, mas isso foi o suficiente por eu continuar não deixando chorar.

segunda-feira, março 05, 2012

Como funciona a mente masculina

Desde que a Lara entrou na escola, marido é o responsável por busca-la e dar o jantar (que a empregada deixou previamente congelado). Eis que estou eu, naquele horário conhecido pelos jornalistas como fechamento, correndo horrores, quando ele me liga:

Marido (indignado): Não tem comida nenhuma para dar para a Lara nesta casa!!!!
Eu (irônica): Nooooossa, sério?? E agora, o que você vai fazer???
Marido (depois de pensar um pouco): Levo ela para a minha mãe???



PS: Se você é pai, a resposta certa seria:
a) Farei a comida dela from scratch (ganha cinco estrelas)
b) Levarei a menina em um restaurante (ganha três estrelas)
c) Comprarei uma papinha nestlé (não ganha nenhuma estrela, mas também não vai parar no conselho tutelar).

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Lara vira para mim e pede: “mãe, pão”. Eu dou e ela diz “deíça (delícia)”. Morde uma vez e me devolve: “té não, uim (ruim)”. Quem foi que deixou essa menina cheia das palavra aqui em casa?

Brinca sozinha e eu me delicio olhando. Levanta a calcinha da boneca e fala “tá di cocô”.
Diz “vaca muuuu, igal (legal), ovo (de novo), vaca muuuuu”. Ela mesmo pede para repetir, posso com isso?

E as palavrinhas vão mudando e ganhando mais letras. Caco já virou macaco, Fafá agora é giafa. Fala meleca com todas as letras e adora falar o “lé”, repete várias vezes. Acho uma sílaba tão difícil, hehe.


PS: E Lara está adorando a escolinha!! Na primeira semana, ficou com a gente nos três primeiros dias. Ficava bem, mas logo chamava “mamãe, mamãe”, me via e se tranquilizava. No terceiro dia, levou uma mordida, e eu chorei mais do que ela. Ela falava “o neném, o neném”, sem conseguir acreditar que o neném tinha feito aquilo.
No dia seguinte, já tinha esquecido, ficou pela primeira vez sozinha e ficou bem. Na semana seguinte foi o resto da adaptação, duas horas por dia, chorava na hora que eu a deixava mas antes mesmo de eu ir embora já se distraía. Agora, corre para a sala para abraçar a professora, a quem parece adorar, e brinca muito.
Hoje fiquei esperando a chuva passar e espiando a turma dela detrás de uma árvore, e a vi brincando feliz, correndo atrás de um amiguinho, rindo à beça. Tomara que continue assim.
E eu estou adorando ser mãe de aluna, vejo a agenda feliz todos os dias, sigo direitinho o cardápio que eles pedem (que eu AMEI, suco de beterraba e pão caseiro sem leite para a Lara!!), mal posso esperar para mandá-la fantasiada no baile de carnaval!

domingo, janeiro 29, 2012

Lara em Gramado e na escola



Comecei o ano com direito a alguns dias de férias e, como não consigo parar quieta, peguei Lara e segui husband que iria trabalhar em Porto Alegre. Ficamos dois dias na capital gaúcha, ele trabalhando o dia inteiro e eu procurando o que fazer com a Lara. No primeiro dia, foi ótimo, saí a pé do meu hotel no centro, enfrentei o tumulto com carrinho e fomos ao Mercado Municipal, Museu de Arte, praças... No segundo dia, porém, choveu. E vou te contar, viajar com criança sozinha é tipo dançar creu, tem que ter disposição. Viajar com criança sozinha em dia de chuva, é velocidade cinco. Peguei um táxi e fui parar no refúgio das mães no dilúvio, o shopping. Andei o dia inteiro, aproveitei promoções, Lara dormiu horrores no carrinho, mas depois eu já não agüentava mais e até ver Alvin e os Esquilos 3 com ela eu fui (claro que ela não agüentou o filme todo, mas deu um descanso, hehe).
No fim de semana, partimos para uma daquelas viagens que sempre disse “quando tiver filho vou fazer”: Gramado no Natal . Ok, era meio de janeiro, mas o Natal lá vai de novembro até o primeiro mês do ano. E aí, mesmo com chuva, foi sensacional. No primeiro dia andamos muito (capa de chuva no carrinho e no marido que empurrava o carrinho, guarda-chuva para mim), fomos na Vila do Natal, andamos de carrossel, almoçamos um galeto (Lara comeu polenta, olha só como eu fico liberal em viagens), vimos um musical de Natal (e ela AMOU, viu tudo, riu muito e quis abraçar os personagens no final, vimos o famoso coral da Árvore Cantante e aí ela capotou no carrinho tanto que mamãe e papai puderam comer uma sequencia de foundue inteira com ela dormindo.
No dia seguinte, fez sol (aleluia) e pudemos ir na Aldeia do Papai Noel, que Lara ama!! Ver o Natal pelos olhos dela é muito lindo, ela, que já falava o mais fofo dos “papai (pausa) oiel”, aprendeu a dizer “ena”, “tenzinho”... Almoçamos uma massa deliciosa (Cantina Pastaciutta), vimos a Parada do Natal e, infelizmente, era hora de ir para casa (jaaaaaa).
Escola
Cheguei em casa e tive que lidar com a realidade que vinha adiando: a babá grávida. Já tinha pedido umas indicações, nao achava nada que me agradava, a babá faltando cada vez mais e eu levando Lara para a empregada da sogra olhar. Horrível. Pensei muito, conversei com o marido, e resolvi antecipar a entrada da Lara na escola, que previa acontecer só em agosto.
Na minha opinião, ela ficava na casinha dela até os 2 anos ou até mais, se tivessem mais crianças da idade dela por perto. Mas a idéia de deixa-la com uma pessoa estranha, em quem eu ainda não confio, o dia inteiro, não me agradou. Achei melhor coloca-la na escolinha a tarde (sem crase nesse computador!!), já que so saio no fim da manha para trabalhar. A baba so terá filho em junho, em abril eu estou de férias e lido com a contratação de outra pessoa.
Ai começou um outro parto: escolher a escola. Com o agravante que as matriculas já haviam sido feitas e faltavam vagas em muitas delas. Na primeira escola que eu fui (e que gostava do método) não tinha vaga a tarde. Passei duas semanas perambulando por Brasilia, triste por não encontrar nada que gostava. Ou tinham crianças demais (25 bebes de 1 ano e meio em uma sala e muita gente!!!!), ou professoras de menos, ou estrutura nenhuma, ou a grama era sintética (minhas amigas falam que eu sou doida e implico com as coisas mais surreais, hohoho). E TODAS servem bolo de cenoura com chocolate para bebes de 1 ano. Por que, meu Deus, por que???
Só sei que nenhuma agradou o meu coração (ooooun).
Na quarta-feira eu já estava desesperada, olhando escolinhas a quilometros, quando a secretaria da primeira escola me liga dizendo que uma mãe passou o filho para o periodo da manha e surgiu uma vaga. Graças a Deus. No dia seguinte, matriculei minha filha na escola do jeitinho que eu queria: pequena, poucos alunos por sala, o numero suficiente de professoras e auxiliares, um método não muito tradicional mas não totalmente alternativa e que o lanche e mandado de casa. (Só o preço não me agradou, mas todas são um absurdo de caro).
Aulinhas começam amanha. Estou contente com a escolha, mas nem por isso menos tensa e emocionada. Ver minha gata de uniforme é tipo Galvao Bueno: teste para cardíaco.

PS: Tem ainda o capítulo “A mochila”. Full disclosure: não tenho problema nenhum com as princesas da Disney nem com o fato de que minha filha provavelmente vai gostar delas (ela já fala sincesa). Acho que contos de fadas fazem parte da infância de meninos e meninas e não considero que ela vá pensar que só viverá feliz para sempre se encontrar o príncipe encantado. Mas pqp, por que TUDO tem que ser das princesas e de gosto tão duvidoso???? Queria uma mochila pequena e uma lancheira grande, as mochilas pequenas eram todas rooooosa, com laaaaaços e gliiiiiitter e briiiiilho e apliiiiiicações e MUITO CARAS. Lancheira não achei nenhuma que me agradasse. Queria mesmo a mochila da Emília (do sítio) que achei fofa, mas não encontrei pequena e não tinha muito tempo para procurar. Acabei comprando uma da Polly (ninina, como a Lara diz) que foi a mais discreta (ou a menos espalhafatosa) e encomendando uma lancheira para o cunhado que está viajando, coitado, para comprar enxoval de gêmeos!!! Padrinho é para isso, ne?

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Tales

Lara é um ser que fala. Fala várias palavrinhas, repete tudo o que a gente diz e, o resto do tempo, passa falando o que a gente acha ser japonês. E é lindo ver a criança descobrindo os significados das palavras. Chutando usos, dizendo descer para subir, abrir para fechar, etc...

De tanto me ouvir falar "no papel, Lara", tudo o que se refere a desenho para ela é "pepel". Caneta é pepel, giz de cera é pepel, rabisco é pepel. Até o próprio papel é pepel.

Hoje ela me chamou : "mamãe, a mão" (que é o que diz quando quer nos levar a algum lugar. Me levou até a porta do quarto e mostrou "pepel". Ela tinha feito uma obra de arte com giz de cera.

No último dia da nossa viagem a Goiânia, meu pai desenhou um relógio com caneta no punho dela. Hoje, 15 dias depois, eu perguntei "que horas são, Lara?". Ela olhou o punho e disse "Vovô, pepel". Linda.


PS: Filha, a mamãe tem que te dizer uma coisa. Qualquer que fosse sua personalidade, eu te amaria muito. Mas é bom demais ser mãe de uma menina tão encantadora como você. Você alegra o ambiente onde quer que vá, conversa com todo mundo, vai no colo de todo mundo, dança com os amigos da mamãe e com os pais dos amigos da mamãe. Dá "dia" e "tádi", pede "favô", diz "dada", diz "tautau" e "babye". E faz tooooodas as gracinhas que a mamãe pede, (tanto que dizem que eu te amestrei,hehe). Sério, você é muito legal e é um orgulho ser sua mãe. (E a gente ainda recebe elogios por isso!!)