domingo, janeiro 29, 2012

Lara em Gramado e na escola



Comecei o ano com direito a alguns dias de férias e, como não consigo parar quieta, peguei Lara e segui husband que iria trabalhar em Porto Alegre. Ficamos dois dias na capital gaúcha, ele trabalhando o dia inteiro e eu procurando o que fazer com a Lara. No primeiro dia, foi ótimo, saí a pé do meu hotel no centro, enfrentei o tumulto com carrinho e fomos ao Mercado Municipal, Museu de Arte, praças... No segundo dia, porém, choveu. E vou te contar, viajar com criança sozinha é tipo dançar creu, tem que ter disposição. Viajar com criança sozinha em dia de chuva, é velocidade cinco. Peguei um táxi e fui parar no refúgio das mães no dilúvio, o shopping. Andei o dia inteiro, aproveitei promoções, Lara dormiu horrores no carrinho, mas depois eu já não agüentava mais e até ver Alvin e os Esquilos 3 com ela eu fui (claro que ela não agüentou o filme todo, mas deu um descanso, hehe).
No fim de semana, partimos para uma daquelas viagens que sempre disse “quando tiver filho vou fazer”: Gramado no Natal . Ok, era meio de janeiro, mas o Natal lá vai de novembro até o primeiro mês do ano. E aí, mesmo com chuva, foi sensacional. No primeiro dia andamos muito (capa de chuva no carrinho e no marido que empurrava o carrinho, guarda-chuva para mim), fomos na Vila do Natal, andamos de carrossel, almoçamos um galeto (Lara comeu polenta, olha só como eu fico liberal em viagens), vimos um musical de Natal (e ela AMOU, viu tudo, riu muito e quis abraçar os personagens no final, vimos o famoso coral da Árvore Cantante e aí ela capotou no carrinho tanto que mamãe e papai puderam comer uma sequencia de foundue inteira com ela dormindo.
No dia seguinte, fez sol (aleluia) e pudemos ir na Aldeia do Papai Noel, que Lara ama!! Ver o Natal pelos olhos dela é muito lindo, ela, que já falava o mais fofo dos “papai (pausa) oiel”, aprendeu a dizer “ena”, “tenzinho”... Almoçamos uma massa deliciosa (Cantina Pastaciutta), vimos a Parada do Natal e, infelizmente, era hora de ir para casa (jaaaaaa).
Escola
Cheguei em casa e tive que lidar com a realidade que vinha adiando: a babá grávida. Já tinha pedido umas indicações, nao achava nada que me agradava, a babá faltando cada vez mais e eu levando Lara para a empregada da sogra olhar. Horrível. Pensei muito, conversei com o marido, e resolvi antecipar a entrada da Lara na escola, que previa acontecer só em agosto.
Na minha opinião, ela ficava na casinha dela até os 2 anos ou até mais, se tivessem mais crianças da idade dela por perto. Mas a idéia de deixa-la com uma pessoa estranha, em quem eu ainda não confio, o dia inteiro, não me agradou. Achei melhor coloca-la na escolinha a tarde (sem crase nesse computador!!), já que so saio no fim da manha para trabalhar. A baba so terá filho em junho, em abril eu estou de férias e lido com a contratação de outra pessoa.
Ai começou um outro parto: escolher a escola. Com o agravante que as matriculas já haviam sido feitas e faltavam vagas em muitas delas. Na primeira escola que eu fui (e que gostava do método) não tinha vaga a tarde. Passei duas semanas perambulando por Brasilia, triste por não encontrar nada que gostava. Ou tinham crianças demais (25 bebes de 1 ano e meio em uma sala e muita gente!!!!), ou professoras de menos, ou estrutura nenhuma, ou a grama era sintética (minhas amigas falam que eu sou doida e implico com as coisas mais surreais, hohoho). E TODAS servem bolo de cenoura com chocolate para bebes de 1 ano. Por que, meu Deus, por que???
Só sei que nenhuma agradou o meu coração (ooooun).
Na quarta-feira eu já estava desesperada, olhando escolinhas a quilometros, quando a secretaria da primeira escola me liga dizendo que uma mãe passou o filho para o periodo da manha e surgiu uma vaga. Graças a Deus. No dia seguinte, matriculei minha filha na escola do jeitinho que eu queria: pequena, poucos alunos por sala, o numero suficiente de professoras e auxiliares, um método não muito tradicional mas não totalmente alternativa e que o lanche e mandado de casa. (Só o preço não me agradou, mas todas são um absurdo de caro).
Aulinhas começam amanha. Estou contente com a escolha, mas nem por isso menos tensa e emocionada. Ver minha gata de uniforme é tipo Galvao Bueno: teste para cardíaco.

PS: Tem ainda o capítulo “A mochila”. Full disclosure: não tenho problema nenhum com as princesas da Disney nem com o fato de que minha filha provavelmente vai gostar delas (ela já fala sincesa). Acho que contos de fadas fazem parte da infância de meninos e meninas e não considero que ela vá pensar que só viverá feliz para sempre se encontrar o príncipe encantado. Mas pqp, por que TUDO tem que ser das princesas e de gosto tão duvidoso???? Queria uma mochila pequena e uma lancheira grande, as mochilas pequenas eram todas rooooosa, com laaaaaços e gliiiiiitter e briiiiilho e apliiiiiicações e MUITO CARAS. Lancheira não achei nenhuma que me agradasse. Queria mesmo a mochila da Emília (do sítio) que achei fofa, mas não encontrei pequena e não tinha muito tempo para procurar. Acabei comprando uma da Polly (ninina, como a Lara diz) que foi a mais discreta (ou a menos espalhafatosa) e encomendando uma lancheira para o cunhado que está viajando, coitado, para comprar enxoval de gêmeos!!! Padrinho é para isso, ne?

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Tales

Lara é um ser que fala. Fala várias palavrinhas, repete tudo o que a gente diz e, o resto do tempo, passa falando o que a gente acha ser japonês. E é lindo ver a criança descobrindo os significados das palavras. Chutando usos, dizendo descer para subir, abrir para fechar, etc...

De tanto me ouvir falar "no papel, Lara", tudo o que se refere a desenho para ela é "pepel". Caneta é pepel, giz de cera é pepel, rabisco é pepel. Até o próprio papel é pepel.

Hoje ela me chamou : "mamãe, a mão" (que é o que diz quando quer nos levar a algum lugar. Me levou até a porta do quarto e mostrou "pepel". Ela tinha feito uma obra de arte com giz de cera.

No último dia da nossa viagem a Goiânia, meu pai desenhou um relógio com caneta no punho dela. Hoje, 15 dias depois, eu perguntei "que horas são, Lara?". Ela olhou o punho e disse "Vovô, pepel". Linda.


PS: Filha, a mamãe tem que te dizer uma coisa. Qualquer que fosse sua personalidade, eu te amaria muito. Mas é bom demais ser mãe de uma menina tão encantadora como você. Você alegra o ambiente onde quer que vá, conversa com todo mundo, vai no colo de todo mundo, dança com os amigos da mamãe e com os pais dos amigos da mamãe. Dá "dia" e "tádi", pede "favô", diz "dada", diz "tautau" e "babye". E faz tooooodas as gracinhas que a mamãe pede, (tanto que dizem que eu te amestrei,hehe). Sério, você é muito legal e é um orgulho ser sua mãe. (E a gente ainda recebe elogios por isso!!)