sexta-feira, julho 02, 2010

Da vida

E todos os dias eu quero matar husband por ter colocado um espelho gigante no armário do corredor. Porque o que eu menos quero saber é de espelho, pra ver o meu corpo todo inchado? E engordar – tá, eu sei,eu tô grávida, mas eu engordei anyhow – me fez refletir muito. Andei vendo umas fotos com a mudança e com a arrumação do meu computador e constatei algo muito triste: não importa o quão magra eu estivesse, no momento em que aquela foto foi tirada, eu queria emagrecer. Desde os 16 anos, quando eu saí de casa e deixei de pesar 43 kg, eu sempre quis ser mais magra.
E claro que eu me senti muito bem quando perdi 5 quilos no ano passado, mas, sem muita modéstia, eu já estava bonita antes. E eu fiquei triste por mim mesma porque, né, quantas vezes eu deixei de usar uma blusa mais apertada porque achei que tinha uma gordura ali. Ou não fiquei totalmente à vontade em um biquíni. Porque você só consegue ver o quanto está magra muito tempo depois, ao olhar para uma foto? E não basta vestir 34, ter 60 cm de cintura, estar com o IMC abaixo do recomendado. Eu sempre queria mais magreza, sempre achava que tinha de onde tirar.
E esse é só um dos pontos. Eu sempre acho que a minha vida era melhor assim ou assado, ou seria melhor assim ou assado. Para mim, a vida dos outros é sempre mais fácil. Chega. Não quero perder as delícias da minha gravidez por me achar gorda, não quero perder os primeiros meses da minha filha por achar que a minha vida seria melhor se eu tivesse mais isso ou aquilo. Não quero mais me lamentar porque eu fico extremamente cansada, ou porque eu não consigo andar para comprar um sofá, ou porque eu não acho uma empregada, etc, etc, etc. Vai sempre ter algum problema, e eu preciso aprender a lidar melhor com isso, para poder ensinar melhor a minha filha. É um trabalho diário comigo e a minha própria cabeça. Mas vamos torcer para dar certo.

PS: As dores continuam, a insônia também, mas agora eu tenho uma tática: eu acordo husband! Não gosto de ficar acordada sozinha à noite, então eu o acordo para ser solidário comigo, hohoho.
Brincadeira, quando eu acordo é porque eu pre-ci-so de algo, tipo Tylenol, água,coberta... E outro dia, depois de rolar várias vezes com a barriga de 200 kg de um lado para o outro, eu levantei e fui me deitar no futon da sala (o colchão que eu joguei no chão com umas almofadas e dei o nome de futon. Eu não consigo decidir qual sofá comprar e a minha sala continua sem sofá). Husband acordou assustado no meio da noite me procurando, coitado. Está vendo, o melhor é acordá-lo mesmo!

Um comentário:

Michelle Moura disse...

Sooooooooooooooooooooo happy de ter o seu blog de volta!!!
Tô com saudade de vc e querendo ver a Lara!!!!
Beeeeijos!