A minha volta ao trabalho foi assim: Lara acordou na segunda quase meia hora antes do normal. Já quase chorei pensando que a menina estava sentindo que eu iria abandoná-la e já estava traumatizada. Chorei muito no banho e comecei a me vestir. Quando eu peguei o absorvente de seios – puro glamour aqui – comecei a soluçar. Quando vi um pedaço de papinha seca no cinto que eu usaria – glamour só aumenta – achei que teria um troço.
Me controlei, saí de casa deixando a Dona Gata dormindo. Quando a babá fechou a porta atrás de mim, chorei muito – maldita, vai ficar com a minha filha o dia inteiro ainda bate a porta.
Fui no carro chorando e ouvindo música alta, bem estilo novela. Husband ainda me ligou no meio do caminho, pense numa pessoa soluçando desesperada. Elevador é outro lugar bom de chorar lembrando novela das oito. Me recompus, marchei firme no salto que eu voltei a andar até a firma.
Quando eu abri a porta, as primeiras pessoas foram mães, que olharam para mim e disseram : ooooun. Pronto, chorei no meio da redação. Um choro discreto, mas ainda bem que não tinha chefe por perto.
Depois da reunião, saí correndo para almoçar. Meu pai me liga e eu engasgo. Correria total, dá papinha, almoça, amamenta, já é hora de se arrumar correndo e voltar para trabalhar mais um pouco – deixei filtro solar, batom e creme para as mãos no carro, multitasking, sim eu sou.
À tarde, meu olho encheu de lágrimas diversas vezes devido aos diversos oooouns ouvidos. Liguei só umas trezentas vezes para casa, mas husband deu uma força ficando em casa à tarde nessa semana. Quando saí do trabalho, Lara estava na casa da minha sogra e husband voltou correndo com ela pra eu ver com urgência!!! Nos encontramos no elevador e, por um segundo, achei que Lara não havia me reconhecido. Pensa em um coração partindo! Mas depois ela entendeu que era eu e chorou para mamar, hehe. Depos, atrasei um pouquinho o horário dela dormir pra poder ficar com ela. E chorei do lado do berço...
PS: Lágrimas à parte, não vou mentir e dizer que foi de todo ruim. Eu gosto do meu trabalho, faço muita coisa interessante e vejo muita gente animada que alegra o meu dia. O ruim é ter que ficar longe da minha pequena. E os momentos que passamos juntos são tão corridos!! Mas vamos nos adaptar, tenho certeza. Apesar do drama do post anterior, eu fiz tudo o possível para que ela fique bem – o que, no caso de uma control freak como eu, inclui até um caderno para a babá anotar tudo o que acontece com Larinha, inclusive troca de fraldas (cocô ou xixi?). E acho que ela ficar em casa vai funcionar melhor para a nossa família, principalmente para mim que não tenho horário de entrar ou sair do trabalho. Mas fim de semana eu não quero desgrudar um minuto da Princesola. OMG, vou chorar de novo.
7 comentários:
Aiai...parece que estou me vendo..rss!Com calma tudo fica no lugar né, um dia de cada vez...É duro deixar nossos filhotes...Boa sorte!!
Taí, ainda não sou mãe mas te entendo perfeitamente!
Mães modernosas sofrem desse mal! Minha mãe foi assim e eu serei... Lá em casa eramos 3 meninas e todas fomos criadas pela avó (mãe da nossa mãe). Mas, mesmo sendo a mãe dela, acredito que minha mãe sentiu um pouco dessa culpa, remorso e tudo mais!!!
Guenta firme!! Quando vc chegar ela sempre estará esperando ansiosamente! Eu sempre lembro de Jornal Nacional com carinho pois era a hora que meus pais chegavam em casa!! =)
Beijos
óisi! e ela como ficou longe da mamy?
bjocas
Dani
Ah não quero nem ver quando eu tiver que pro trabalho, só tenho mais 1 mês com a minha picorrucha. E o pior, não tenho feriados e finais de semana como uma pessoas normal. Ah! Melhor não sofrer por antecipação.
Eu também me vi nesse post!
(rs)
Mães têm muito em comum mesmo... a culpa, os sentimentos contraditórios... risos.
Adorei estar aqui. Venho visitá-la mais vezes.
Oi,acabei de achar aqui,a Lara é linda e adorei o nome dela (:
beijos
Olaa
çhorei lendo...so de imaginarter que sair de perto da minha princesa! realmene é dificil...
Estou seguindo.
Quando puder me visite.
Beijos
Talitah Sampaio
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