Lara é filha de uma mãe que adorava assistir programa
político de Goiás e de um pai que anotava as propostas do Mário Covas nos anos
90. Não é à toa que a menina está engraçadíssima com as eleições.
A gente continua vendo muito programa político em casa, e
geralmente é a hora que ela está brincando por ali, com um olho no brinquedo e
outro na televisão. No primeiro turno ela mesma escolheu seus candidatos, que
quase nunca coincidia com o dos pais. Começou indecisa, primeiro ia votar na
Dilma, porque era mulher. Depois, quando o Eduardo Campos morreu, ia votar nele
(muita exposição à mídia, dá nisso). Aí, decidiu votar na Marina, porque ela
gosta de árvore. Ainda escolheu uma candidata a deputada distrital que prometeu
melhorar os parquinhos e uma senadora que disse que ia melhorar a vida de quem
trabalha.
No segundo turno, disse que vai votar na Dilma (é menina) e
no Rollemberg, que prometeu construir escolas.
Outro dia, tarde da noite e eu fazendo brownie para mandar
para o dia das professoras e escutando o programa político, o primeiro
pós-primeiro turno. Programa da Dilma, Lara lá brincando e vinha de vez em quando
na cozinha:
- Mamãe, porque o Brasil não é o mesmo país do passado?
- Mamãe, o Brasil saiu do mapa da fome porque construiu
escola, né?
- Mamãe, esse homem quebrou o Brasil!!!!
E ainda pediu para andar de metrô de dia das crianças.
Futura ativista!