Em algum momento minha filha virou uma criança e eu nem vi.
Fico aqui, boquiaberta, vendo essa menina grande, de pernas
compridas, cabelo grande e mil palavras. E só me lembro que era um bebê, meu
Deus, ainda ontem. Em que momento você cresceu tanto, filha?
E as preocupações são outras, né? Era mais fácil quando era
cólica, sono, comida. E as respostas para as preocupações com o desenvolvimento
da criança não estão nos blogs, não estão nos livros, não estão nos grupos de
discussão. Cadê?
Sua esperteza e desenvoltura, que tanto enchem de orgulho meu lado mãe de miss, também
me assustam, filha. E se você sofrer por causa disso? E se não tiver maturidade
para lidar com esse mundo de palavras e brincadeiras que você quer perseguir?
Quero te poupar, te manter bebê, mas você tem asas. Será que eu te estimulei
demais? Ou você já nasceu assim, livre, que nem a mamãe ouviu tantas vezes ter
nascido.
Não quero que você seja a criança-adulta que eu fui, não
quero que pule etapas, quero que vá devagar, no seu ritmo. Mas que ritmo rápido
é esse que a gente rebola para acompanhar?
Sua felicidade aquieta meu coração. Mamãe se preocupa com
tudo, como pode? Você correndo feliz com as crianças maiores, mamãe preocupada.
Chega um bebê e você brinca também, mamãe alivia. Como se dependesse de mim te
manter criança.
Escondo os batons e as maquiagens, escondo a programação
infantil da televisão, é suficiente?
Te poupo do mundo ao mesmo tempo que te
crio assim, independente. Te pari espoleta e esperta, mas só quero que você
seja feliz.
Um comentário:
Oi Lorena,
Lindo post, tb tenho exatamente essa sensação, como elas podem crescer tão rápido?
Adorei seu comentário lá no blog, legal saber que as 2 continuam tendo os mesmos gostos. O aniversário de Mickey e Minnie tá chegando, mas esse ano vai ser bem simplificado. rsss
Depois conta se a Lara tb vai querer este tema.
Beijos
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