quinta-feira, fevereiro 14, 2013


Em algum momento minha filha virou uma criança e eu nem vi.
Fico aqui, boquiaberta, vendo essa menina grande, de pernas compridas, cabelo grande e mil palavras. E só me lembro que era um bebê, meu Deus, ainda ontem. Em que momento você cresceu tanto, filha?
E as preocupações são outras, né? Era mais fácil quando era cólica, sono, comida. E as respostas para as preocupações com o desenvolvimento da criança não estão nos blogs, não estão nos livros, não estão nos grupos de discussão. Cadê?
Sua esperteza e desenvoltura, que tanto enchem de orgulho meu lado mãe de miss, também me assustam, filha. E se você sofrer por causa disso? E se não tiver maturidade para lidar com esse mundo de palavras e brincadeiras que você quer perseguir? 
Quero te poupar, te manter bebê, mas você tem asas. Será que eu te estimulei demais? Ou você já nasceu assim, livre, que nem a mamãe ouviu tantas vezes ter nascido.
Não quero que você seja a criança-adulta que eu fui, não quero que pule etapas, quero que vá devagar, no seu ritmo. Mas que ritmo rápido é esse que a gente rebola para acompanhar?
Sua felicidade aquieta meu coração. Mamãe se preocupa com tudo, como pode? Você correndo feliz com as crianças maiores, mamãe preocupada. Chega um bebê e você brinca também, mamãe alivia. Como se dependesse de mim te manter criança. 
Escondo os batons e as maquiagens, escondo a programação infantil da televisão, é suficiente? 
Te poupo do mundo ao mesmo tempo que te crio assim, independente. Te pari espoleta e esperta, mas só quero que você seja feliz. 

Um comentário:

Kelly Resende disse...

Oi Lorena,
Lindo post, tb tenho exatamente essa sensação, como elas podem crescer tão rápido?
Adorei seu comentário lá no blog, legal saber que as 2 continuam tendo os mesmos gostos. O aniversário de Mickey e Minnie tá chegando, mas esse ano vai ser bem simplificado. rsss
Depois conta se a Lara tb vai querer este tema.
Beijos